sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Donos das piores avaliações técnicas, Rússia e Qatar sediarão as Copas de 2018 e 2022

A Rússia e o Qatar foram escolhidos nesta quinta-feira, em votação na sede da Fifa, na suíça Zurique, como sedes das Copas do Mundo de 2018 e 2022. A dupla era dona dos piores relatórios técnicos feitos pela entidade. Mesmo assim, turbinada por altos orçamentos, acabou levando a melhor. 

A vitória russa aconteceu em segundo turno. O país ganhou a eleição contra Inglaterra, Portugal/Espanha e Holanda/Bélgica. 

O total previsto para investimentos em estádios é de US$ 3,8 bilhões, cerca de R$ 6,5 bilhões. No total serão usadas 16 cidades, com 16 arenas, sendo 13 novas. 

Esta será a primeira vez que o país receberá o principal torneio de futebol do mundo, mesma situação do Qatar, pioneiro no assunto em se tratando de Oriente Médio. 

O país venceu a eleição que era disputada contra Estados Unidos, Coreia do Sul, Japão e Austrália. 

O total previsto para investimentos em estádios é de US$ 3 bilhões, cerca de R$ 5,1 bilhões. Ao todo, serão sete cidades, com 12 estádios, sendo nove novos. 

O PLEITO
Os 11 países envolvidos na disputa enviaram chefes de Estado, jogadores, executivos, xeques e até um príncipe. As personalidades, porém, ignoraram os casos de suborno e só fizeram elogios e defesas dos dirigentes. 

Dos 24 originais membros do Comitê Executivo, corpo eleitoral das escolhas, um quarto deles foi denunciado em matérias da imprensa inglesa durante a campanha. Dois integrantes foram suspensos --só 22 votaram hoje. 

Reynald Temarii, do Haiti, e Amos Adamu, da Nigéria, foram afastados após terem sido flagrados em vídeos do "Sunday Times" negociando votos. A BBC ainda mostrou pagamentos de supostos subornos relacionados à Fifa a Ricardo Teixeira, da CBF, Issa Hayatou, de Camarões, e Nicolás Leoz, do Paraguai. 

A Inglaterra tentou barrar documentário da BBC sobre os cartolas da Fifa. E o premiê James Cameron esteve com o dirigente Jack Warner, de Trinidad e Tobago, acusado de revender ingressos da Copa com ágio. 

Em vez de a Fifa explicar seus problemas, foi o jogador Beckham que teve de minimizar ao presidente da entidade, Joseph Blatter, as denúncias da BBC. 

Não foi o único a atacar as denúncias de jornalistas. E de nenhuma das candidaturas se ouviu um pedido de investigação dos votantes ou de mudanças. 

Sem pressão de políticos, os dirigentes da Fifa continuam com tratamento de chefes de Estado. Seu hotel em Zurique estava isolado até quarta-feira pela polícia --a justificativa era a presença de Cameron. Jornalistas não tinham acesso à sede da Fifa e viam as apresentações de outro local, longe dali. 

O ministro do Esporte do Japão, Kan Suzuki, resumiu o sentimento dos políticos sobre a Fifa ao defender sua candidatura. "Não estamos limitados às garantias do governo [à Fifa]. Estamos prontos para atender o que for necessário", afirmou. 

Fonte: Folha.com

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