quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Ginástica Laboral deve ser adequada ao tipo de atividade funcional

Empresários inteligentes vêm buscando alternativas para diminuírem o custo com despesas médicas e/ou afastamentos de empregados acometidos por doenças do trabalho justamente quando esses têm mais experiência profissional. A perda é tanto do empregado como do empresário. Medidas simples podem ser adotadas tais como, rotatividade nas funções, treinamentos periódicos sobre ergonomia, saúde e segurança no trabalho, incentivo à atividade física, postos de trabalho adequados e implantação da ginástica laboral, uma atividade física simples cujo objetivo é o relaxamento com alguns alongamentos e principalmente quebrar a rotina do ambiente tanto de quem trabalha sentado digitando, fica em pé ou abaixando e levantando carregando mercadoria. A L.E.R. (Lesões por Esforços Repetitivos), é uma doença, cujos índices aumentaram muito atingindo diretamente os digitadores e as dores nas costas, coluna e problemas circulatórios atinge quem trabalha em pé, abaixando e levantando.

Claro que o empregado não deve ser obrigado fazer a ginástica laboral, mas quando eu ministrava essa atividade numa grande empresa provocava um alvoroço tão grande que incomodava quem não queria fazer. Aí essas pessoas se ausentavam indo tomar um café, fazer xixi e depois de encerrada a ginástica voltavam. Não me importava porque o objetivo era esse mesmo. Quebrar a rotina no ambiente de trabalho e todos se beneficiavam inclusive quem não fazia porque saía, andava e se mexia pensando em outra coisa.


Apesar de simples a ginástica laboral deve ser adequada a cada tipo de trabalho em função das posturas adotadas e problemas de saúde a que estão sujeitos. Por isso, o profissional de Educação Física deve ter conhecimento mais amplo nas áreas de fisiologia do exercício, ergonomia, técnicas de relaxamento, alongamento, segurança do trabalho, medicina ocupacional, massagem e dinâmica de grupo. Não é simplesmente trazer a filosofia de academia para os postos de trabalho porque o objetivo é outro. Se o profissional tiver ainda uma visão gerencial, melhor ainda porque fica mais fácil negociar com os gerentes. Depende deles “comprar a idéia” da Ginástica Laboral. 


Se eles não forem convencidos o projeto não emplaca e para convencê-los é preciso falar a mesma linguagem com números. Isso implica conhecer o foco, o ramo de negócio, o perfil e a cultura da empresa que o profissional de Educação Física se candidata a prestar serviços. Implica ainda conhecer as leis trabalhistas, estar atualizado com o programa da Qualidade e mostrar para seu cliente a tendência atual de mercado das empresas em desenvolvimento. Empregados satisfeitos rendem mais, são mais prestativos e colaboradores.


Uma idéia que não costuma dar bons resultados é o empresário dispensar os serviços profissionais e continuar a Ginástica Laboral com os chamados multiplicadores que são empregados da própria empresa sem habilitação em Educação Física, achando com isso estar economizando. Além disso, se caracterizar exploração de mão de obra barata e exercício ilegal da profissão, o suposto barato pode sair muito caro. O empregado se demitido ainda pode requerer na Justiça os direitos de acúmulo e/ou desvio de funções e no caso não faltarão provas. Sem formação e informação os multiplicadores poderão estar contribuindo com um risco ainda maior na saúde dos empregados.


Trabalhos bem conduzidos mostraram que a Ginástica Laboral orientada por profissional habilitado reduz os problemas relacionados a dores, desanimo, falta de disposição, insônia, irritabilidade, promovendo qualidade de vida. Quando a orientação é feita somente por multiplicadores o programa fica muito limitado e o empresário não tem como cobrar resultado. Os multiplicadores são muito úteis desde que estejam sob responsabilidade e orientação de um profissional de Educação Física. Melhor ainda se esse programa estiver composto por uma equipe multidisciplinar de saúde. Determinados problemas podem ser avaliados e tratados individualmente sem afastamento do empregado. Empresários inteligentes investem na força de trabalho. Trabalhe para viver... não para morrer!!!


Para Refletir: O segredo de ser bem lembrado no trabalho é executar bem as tarefas. Se fizer com prazer ninguém precisa ficar cobrando.


Sobre a Ética: Desde que eu era pequenininho eu ouço falar em bem e mau, anjo e diabo. Todo trabalho traz benefício para a sociedade e os anjos dizem amém. O diabo só se dá bem com as pessoas desocupadas.

Autor: Luis Carlos de Moraes, retirado do site Portal da Ed. Física.

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