terça-feira, 3 de maio de 2011

Exercícios devem começar uma semana depois do infarto

Pessoas que sofrem infarto devem começar a se exercitar mais cedo do que o recomendado hoje.

Segundo uma pesquisa da Universidade de Alberta, no Canadá, junto com as universidades Duke e Stanford (EUA), os exercícios, como caminhadas, devem começar uma semana após o ataque cardíaco. O intervalo indicado hoje é de quatro semanas.

O trabalho, publicado no periódico "Trials", revisou 31 estudos, com 1.634 pacientes.

De acordo com a pesquisa, é importante afastar a ideia de que o coração precisa de descanso após um infarto.


Os exercícios aumentam a capacidade de bombeamento do sangue e reduzem a pressão arterial.

Segundo Carlos Eduardo Negrão, fisiologista do InCor (Instituto do Coração), os resultados da pesquisa são animadores. Há, porém, uma preocupação quanto à cicatrização da área da cirurgia, quando ela é necessária, em casos mais graves.

"No InCor, estamos refletindo se vale a pena alterar a recomendação-padrão. É difícil, porque teríamos que alterar um paradigma."

Segundo especialistas, uma semana após o infarto, o paciente pode caminhar pelo quarto e no corredor do hospital, e fazer exercícios com braços e pernas, para evitar trombose.

"Infarto não é empecilho para atividade física", diz Luiz Antonio César, presidente da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo.

Mas, afirma, a reabilitação deve ser feita sob supervisão e de forma moderada. É preciso avaliar também a gravidade do caso.

De acordo com Ricardo Pavanello, supervisor de cardiologia clínica do HCor (Hospital do Coração), o exercício só é recomendado para o paciente estável, sem cansaço, dores no peito ou arritmia.

Se a atividade for feita em excesso, podem ocorrer novos infartos.

Mas, quanto mais cedo os exercícios começarem, melhor, de acordo com César.

"É um momento em que a pessoa está sensível e pode adquirir novos hábitos."

Temos como intuito postar notícias relevantes que foram divulgadas pela mídia e são de interesse do curso abordado neste blog. E por isso esta matéria foi retirada na íntegra da fonte acima citada, portanto, pertencem a ela todos os créditos autorais. 

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